sábado, 10 de setembro de 2011

Metrô de BH será anunciado pela presidente Dilma no final do mês
sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A boa notícia do metrô de Belo Horizonte prometida pela presidente Dilma Rousseff (PT) em sua última visita a Belo Horizonte veio antes do esperado e tem data marcada. Em seu retorno a Minas Gerais, previsto para o dia 27, ela vai anunciar a liberação de R$ 1,9 bilhão para o trem metropolitano, o que representa 14% de todo o investimento do país para metrôs. Dilma vai também divulgar a abertura das licitações de dois lotes da BR-381 e para a restauração da BR-040 no trecho Belo Horizonte–Juiz de Fora.

A única obra que vai ficar para trás, segundo o senador Clésio Andrade (PR), é a de adequação e revitalização do Anel Rodoviário da capital. Com base em conversas que teve com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, o parlamentar contou que essa intervenção não deve ser anunciada no mesmo dia. “O modelo de licitação do projeto básico do anel está muito atrasado”, explicou. Em passagem rápida pela capital mineira, no dia 1º, Dilma disse que vai abrir exceção e permitir a abertura da licitação para as obras da rodovia sem o projeto executivo, para acelerar o processo.

As novidades do metrô, segundo o senador, não vão agradar apenas aos belo-horizontinos, mas também a moradores da região metropolitana. A presidente deve anunciar a expansão da linha 1 (Eldorado/ Vilarinho) até Betim e a criação da linha 3 (Barreiro/Santa Tereza). A implantação da linha 2, que ligaria a Região da Pampulha à Savassi, não foi confirmada.

 De acordo com a proposta apresentada pela Prefeitura de Belo Horizonte, que contempla os dois novos trechos, o R$ 1,9 bilhão viria do PAC Mobilidade, R$ 1,2 bilhão seria obtido por meio de parceria público-privada, R$ 400 milhões do governo do estado e R$ 200 milhões da prefeitura.

Antes de a presidente oficializar os repasses de verba, que vão começar a resolver os principais gargalos do estado, os parlamentares do Movimento Pró-Minas terão reuniões com o ministro Paulo Sérgio Passos, na terça-feira, e com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, na quarta-feira. A ideia, segundo Clésio Andrade, é levar propostas para acelerar as obras. Para a BR-381, a proposta é lançar o edital para privatização dos outros oito trechos, que vão até Governador Valadares, juntamente com o da licitação dos trechos 7 e 8, que prevê obras em 69 quilômetros da rodovia, da Av. Cristiano Machado, em BH, a Barão de Cocais. Eles vão pedir também a privatização para a duplicação da BR-040.

PAC Mobilidade

O Ministério das Cidades anunciou que serão destinados R$ 18 bilhões para as propostas enviadas ao PAC Mobilidade, sendo R$ 6 bilhões de recursos da União e R$ 12 bilhões por meio de financiamento do BNDES. Entre os critérios estabelecidos pelo ministério, os municípios devem garantir a sustentabilidade operacional dos sistemas, a compatibilidade entre demanda e modelos propostos e adequação às normas de acessibilidade. A prioridade para projetos que beneficiem áreas com população de baixa renda também foi apontada como um dos fatores que serão analisados no programa.

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Fonte: Estado de Minas

domingo, 3 de abril de 2011

Com R$ 1,7 bi da União, metrô de BH deve sair do papel

22/02/2011 - Hoje em Dia, Amália Goulart

Plano é captar R$ 1,2 bilhão junto à iniciativa privada; Governo de Minas e prefeitura entrarão com R$ 600 milhões

Novela que se arrasta: obras do trem urbano na capital mineira começaram há 30 anos
A novela do metrô de Belo Horizonte deve, enfim, chegar ao fim com a liberação de R$ 1,7 bilhão do Governo federal para tirar do papel a Parceria Público Privada (PPP) que vai viabilizar a expansão e modernização do trem urbano. Depois de inúmeras reuniões, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), fechou acordo com a União para reeditar o projeto envolvendo empresas particulares. O sinal verde partiu da presidente Dilma Rousseff (PT) na semana passada.

Desde então, técnicos da administração municipal se debruçam sobre um modelo de PPP que terá que ser apresentado ao Governo federal até 4 de abril. A ideia é incluir o metrô da capital mineira no chamado Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade.
 
“Belo Horizonte será contemplada com R$ 1,9 bilhão no PAC da Mobilidade. Deste total, R$ 1,7 será para ampliar e concluir o metrô de Belo Horizonte”, disse o presidente estadual do PT, deputado federal Reginaldo Lopes, após uma reunião com Marcio Lacerda. A informação foi confirmada pelo vice-prefeito Roberto Carvalho (PT) e pela assessoria do prefeito.

O acordo com o Palácio do Planalto já está fechado e engloba a modernização da linha 1, que vai da estação Vilarinho ao Eldorado, em Contagem, e a construção dos ramais 2 (Calafate- Barreiro) e 3 (Savassi - Lagoinha). Este último seria uma linha subterrânea. O metrô da capital precisa de pelo menos R$ 3,5 bilhões para ser concluído.

Além dos recursos da União, R$ 1,2 bilhão será captado junto à iniciativa privada. O governo estadual entraria, segundo o vice-prefeito, com contrapartida de R$ 400 milhões e a prefeitura com outros R$ 200 milhões. Concluída a obra, a exploração das linhas e demais serviços que poderiam ser oferecidos nas estações devem ficar a cargo da empresa que vencer a licitação para o acordo da PPP.

“Estamos dialogando com a coordenação do PAC. O sinal é positivo”, afirmou Roberto Carvalho. Segundo ele, com a modernização do ramal 1 e a construção dos outros dois, o metrô poderia atender aproximadamente 1 milhão de passageiros por dia. Hoje, a média diária é de 170 mil usuários. A assessoria do prefeito Marcio Lacerda informou que o prefeito está “otimista” quanto à conclusão das negociações.

Projeto foi concebido por Marcio Lacerda

O projeto que será reeditado para apresentação ao Governo federal foi concebido pelo próprio Lacerda, quando à frente da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, há cerca de quatro anos. Na ocasião, o então governador Aécio Neves (PSDB) apresentou a proposta ao ex-presidente Lula (PT). O petista teria gostado da ideia, porém, não a tirou do papel.

Todos os anos o Governo federal libera apenas recursos para a manutenção da linha 1. Em 2010, foram R$ 14 milhões para o projeto executivo do ramal 2. Já a linha subterrânea está na estaca zero.
 
 

  

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Promessa reacende esperança do metrô em Belo Horizonte

26/08/2010 - Junia Oliveira - Estado de Minas

Mais uma promessa reacende a esperança do metrô em Belo Horizonte. O diretor de Planejamento, Expansão e Marketing da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Raul de Bonis Almeida Simões, informou nesta quinta-feira que a capital poderá contar com a ampliação do número de trens ou a expansão do atual ramal até a Copa de 2014. Segundo o diretor, o projeto executivo das linhas 2 (Pampulha/Savassi) e 3 (Hospitais/Barreiro) tem previsão de conclusão no primeiro trimestre de 2011. 

Qualquer intervenção para o Mundial já havia sido descartada por autoridades do município, do estado e até mesmo do nível federal. Por isso, palavras sobre um assunto que, em ano eleitoral, é um calcanhar de Aquiles para a União geram certa desconfiança. Uma das principais críticas ao governo Lula em BH é não ter investido em obras de infraestrutura fundamentais para a cidade, como o metrô, a revitalização do Anel Rodoviário e a duplicação da BR-381. 

Com a ampliação, mais 10 composições serão adquiridas, aumentando para 35 o número de trens em circulação e o atendimento dos atuais 170 mil para 250 mil passageiros por dia. Por enquanto, não há recursos garantidos. De acordo com Simões, a execução de obras está em análise entre governo do estado, Presidência da República e Casa Civil. "Estamos em fase definição de níveis de responsabilidade, mas não vejo como esses projetos não venham a ser executados, porque BH e a região metropolitana precisam do metrô", disse. Ele previu para em até 10 anos a implantação de todo o sistema.

Debates

As afirmações foram feitas durante o seminário "Desafios da mobilidade urbana na Região Metropolitana de Belo Horizonte", que ocorreu quarta e quinta-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Especialistas de várias regiões do país discutiram os problemas enfrentados pelas grandes cidades e apontaram algumas soluções. O diretor-geral da Agência de Desenvolvimento da RMBH, José Osvaldo Lasmar, destacou que um dos principais desafios é justamente o impasse do metrô. "Temos de avaliar como nós, a partir de parcerias público privadas (PPPs), podemos romper o impasse institucional, imposto pela falta de investimentos da CBTU", disse. 

O primeiro painel desta quinta tratou das condições de financiamento e execução de projetos alternativos para a mobilidade urbana. O grande crescimento demográfico nas últimas décadas, as condições topográficas desfavoráveis da região metropolitana e o aumento da concentração de recursos pela União, limitando os investimentos de estados e municípios em alternativas para o trânsito, foram apontados pelo subsecretário de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, Fabrício Torres Sampaio, como fatores que afetaram a mobilidade na Grande BH.